segunda-feira, 2 de abril de 2012

Autismo e Nutrição

Dia Mundial da Conscientização do Autismo (02 de abril)

O que é?

O Autismo também conhecido como Transtorno Invasivo do Desenvolvimento; é uma desordem na qual uma criança jovem não pode desenvolver relações sociais normais, se comporta de modo compulsivo e ritualista, e geralmente não desenvolve inteligência normal.
O autismo é uma patologia diferente do retardo mental ou da lesão cerebral, embora algumas crianças com autismo também tenham essas doenças.
Sinais de autismo normalmente aparecem no primeiro ano de vida e sempre antes dos três anos de idade. A desordem é duas a quatro vezes mais comum em meninos do que em meninas.
Alimentação do Autista
No tratamento do autismo a alimentação tem um papel fundametal. Alguns alimentos podem intensificar os sintomas como a farinha de trigo, o leite e a soja. Quando estes retirados da dieta normalmente ficam mais calmos e ocorre melhora na atenção e concentração. Isso ocorre porque grande parte dos autistas apresentam uma deficiência enzimática que inibe a digestão completa da proteína presente na soja, leite e trigo. Essa condição leva à formação de grande quantidade de pequenos peptídeos (fraguimentos de proteína) dentro do intestino. Esses peptídeos possuem ação farmacológica semelhante ao ópio. Esses compostos apresentam a capacidade de atravessar a parede do intestino, cair na corrente sanguínea e chegar ao Sistema Nervoso Central. Atuam como uma substância opiácia no cérebro intensificando os sintomas da síndrome, como a falta de concentração e isolamento.


Os salgadinhos, sucos em pó artificial e gelatina são muito ricos em corantes. Hoje se sabe que os corantes estimulam a hiperatividade, por essa razão devem ser banidos da dieta dos autistas.
A ocorrência de sintomas gástricos é muito elevada em autistas, como constipação intestinal, (intestino preso), diarreia, gastrite, refluxo.
Para normalizar o funcionamento do intestino recomenda-se o uso de probióticos em cápsula. No caso de gastrite e refluxo evitar alimentos que irritam o estômago como: temperos industrializados, extrato de tomate, café, chá preto, alimentos fritos e alimentos ácidos como laranja, limão e abacaxi.
A suplementação com cápsulas de ômega três melhora a concentração e aprendizado, e suplementação com vitamina B6 e magnésio estimulam a memória.

Essa dieta específica tem como amenizar os sintomas apresentados pelos portadores da síndrome, visando contribuir para a melhoria da qualidade de vida do autista e do seu estado geral.
A má alimentação e a falta de equilíbrio energético são motivos de especial preocupação pois, a ingestão de micro nutriente está estreitamente relacionada com a ingestão de energia. É provável que as crianças cujo consumo e energia é menor, também sofram de deficiência de ferro e zinco.


Mediante ao exposto pode-se concluir que na maioria das vezes, o momento da refeição é culminado com choro, agitação e agressividade por parte do autista e um desgaste emocional por parte do cuidador. Crianças autistas têm padrão alimentar e estilo de vida diferente das crianças não autistas, comprometendo seu crescimento corporal e estado nutricional.
Os autistas têm uma um hábito alimentar restrito, e são muito resistentes à introdução de novos alimentos na dieta. Mesmo com essas limitações procure estimular o consumo da maior variedade de alimentos para evitar deficiências nutricionais como a falta de vitamina e minerais.

Mais informações: www.jocelemsalgado.com.br
www.autism.com
artigo científico: WHITE, J.F. Intestinal Pathophysiology in Autism.Exp Bio Med. v.228, p. 639-649, 2003.

Regina Reis

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